Quem é diagnosticado com uma doença procura sempre formas de melhorar o seu estado de saúde. E a alimentação costuma ser uma dessas formas. A escolha de uns alimentos em detrimento de outros, a preferência por uma ou outra dieta, a eliminação do menu de alguns ingredientes tornam-se formas que as pessoas usam com o objetivo de encontrar algum alívio. Mas se é verdade que a alimentação não é o remédio para todos os males, é também um facto que pode ajudar.
O que é válido, não só para a esclerose múltipla (EM), mas para todas as outras doenças, é que o equilíbrio é fundamental. Ou seja, a dieta deve ser variada, contendo alimentos diferentes, sem excessos. E porquê? Porque só assim será possível ter nutrientes essenciais: proteínas, que ajudam ao crescimento e reparação dos tecidos; hidratos de carbono, que fornecem energia; alguma gordura, para ajudar o corpo a absorver certas vitaminas; fibra, para uma digestão saudável e melhor saúde intestinal; vitaminas e minerais nutrientes essenciais para que o corpo funcione melhor e líquidos, como água, que transporta os nutrientes. Este é o segredo, já desvendado, que ajuda a manter a saúde.
No que diz respeito a alimentos proibidos na Esclerose Múltipla, não há muita evidência de que isso vá melhorar o curso da doença. É importante, isso sim, e como já foi dito, dosear as quantidades e evitar consumir em excesso aquilo que já sabemos que vai prejudicar a saúde.
No que diz respeito, por exemplo, ao café, não existem também certezas científicas de que possa prejudicar o curso da EM, pelo que não é necessário deixar de o beber por ter a doença. Aliás, há até estudos que sugerem que a sua ingestão pode ter benefícios, desde que, uma vez mais, não seja em excesso.
O mesmo acontece no que diz respeito ao sal, ou seja, não há provas de que prejudique as pessoas que sofrem de Esclerose Múltipla. O que há é muitas evidências que associam o seu consumo excessivo à hipertensão arterial, doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais, pelo que faz sentido consumir até cinco gramas de sal diárias, que é a dose recomendada pela Organização Mundial de Saúde.