Qual o impacto da doença?

Perante o diagnóstico de Esclerose Múltipla (EM) é possível que tenha de fazer algumas alterações aos seus hábitos diários. Com o passar dos anos podem surgir alguns sintomas com um impacto mais significativo no seu dia-a-dia, nomeadamente na execução de algumas tarefas domésticas ou mesmo no autocuidado diário. Contudo, saiba que se registou uma enorme evolução terapêutica que possibilita cada vez mais, e a mais pessoas, viver uma vida normal, plena, ativa e feliz.

Por outro lado, o momento do diagnóstico pode ser uma circunstância decisiva para melhorar ou implementar um estilo de vida saudável. Até porque é do conhecimento geral que manter uma boa forma física e mental pode prevenir doenças e acidentes e é uma das melhores maneiras de evitar ter que lidar, no futuro, com problemas e complicações de maior dimensão.

O conhecimento é uma outra arma para sossegar os seus medos. Procure, junto da sua equipa clínica, tirar todas as dúvidas, informar-se e estar a par das últimas novidades e avanços médicos e científicos sobre a doença. Só assim conseguirá fazer frente aos diversos mitos sobre EM que diariamente são veiculados nos meios de comunicação ou repetidos por pessoas menos esclarecidas. É ainda bom lembrar que sempre que conhecer histórias de pessoas que foram diagnosticadas com a mesma doença, esta é uma situação heterogénea e não é igual em todas as pessoas.

Saber reconhecer sintomas, aprendendo a geri-los da melhor forma, conhecer as diversas estratégias para melhorar a função e a qualidade de vida, perceber quais as estratégias e opções de tratamento disponíveis e quais as terapêuticas capazes de modificar o curso da doença, bem como as opções para tratar surtos, são aspetos que também vão contribuir de forma decisiva para que lide da melhor forma com a sua condição.

No caso de existir alguma dependência, o cuidador – seja ele formal ou informal – é, sem dúvida, um pilar na ajuda para ultrapassar mais facilmente qualquer tarefa que exija mais habilidade ou mais força, por exemplo. É habitual ser o companheiro(a) a assumir esse papel, facto que pode representar um desafio muito grande, principalmente se não existir a já falada informação e educação para a doença.

Referências Bibliográficas:

1 – Multiple Sclerosis Trust (https://www.mstrust.org.uk/)

2 – Livro “O ABC da Esclerose Múltipla”, de Catarina Fernandes, Celena Veloso Daniela Leal e Maria José Carvalho.