É muito provável que quem vive com esclerose múltipla (EM) saiba o que são noites sem dormir. E a insónia é, de acordo com o professor Gavin Giovannoni, um dos maiores especialistas mundiais em EM, “o distúrbio do sono mais comum” para estes doentes.
E é também este especialista que avança com dados que o confirmam: enquanto, na população em geral, cerca de 10% dos adultos sofrem de insónia, na população de pessoas com EM os valores sobre para os 40-50%. Um problema mais comum nas mulheres.
Para gerir esta situação, há dicas e conselhos que podem fazer a diferença:
– Tudo começa com o tempo passado a dormir, que deve ser de, pelo menos, 6 horas, ainda que haja quem necessite de mais horas de sono.
– Embora possa parecer tentador, procure limitar as sestas diurnas a 30 minutos, já que estas não vão compensar o mau dormir noturno.
– Há coisas que se devem evitar e as principais são os estimulantes, como a cafeína ou nicotina perto da hora de dormir.
– Atenção também às bebidas alcoólicas, que podem perturbar o sono.
– Evite ainda comer antes de ir para a cama, já que os alimentos mais pesados, assim como as bebidas com gás, podem causar indigestão ou azia/refluxo, que impactam também a qualidade do sono.
– O exercício é uma das melhores formas de melhorar a qualidade do sono, bastando apenas 10 minutos de exercício aeróbico diário.
– Defina uma rotina regular, que ajude o corpo a reconhecer que está na hora de dormir, o que pode passar por um banho, uma música relaxante ou uma leitura também ela calma.
– Além da rotina, também o ambiente de sono deve ser agradável. Isso inclui o colchão, as almofadas, a temperatura ambiente, a inexistência de luzes fortes ou aparelhos eletrónicos.
Fonte: https://gavingiovannoni.substack.com/p/insomnia-and-multiple-sclerosis